sábado, 8 de setembro de 2007

Vida fora da Terra.



Uma Pergunta sempre me incomodou:
Há vida fora do nosso mundo?
A resposta para esta pergunta está muito longe de ser obtida. Mas, para discutir o tema, decidi escrever algo aqui.
Entre muitas opiniões eu formulei as minhas:
Para melhor entendê-las alguns tópicos devem ser considerados:
  1. A terra é um corpo esférico flutuando no espaço. Isto é: Não vivemos em uma planície com bordas que tem acima o céu e abaixo o inferno. Parece incrível mas ainda tem gente que acredita que seja assim o nosso mundo. Não vou aqui iniciar uma discussão paralela sobre onde está Deus e se o diabo existe ou não... Não é este o propósito.
  2. Falando da forma mais científica possível, dentro das minhas limitações de formação e informação. Considero que TODO o universo seja constituído pelas mesmas matérias e funciona sob as mesmas regras físico-químicas que observamos aqui na terra. Evidências disto puderam ser obtidas pela análise da composição química dos corpos celestes, já executada pelos cientistas através do espectro da luz que nos chega do espaço. A análise espectrométrica dos materiais para a determinação da sua composição, é amplamente usada na Metalurgia e na Astronomia.
  3. Assim sendo, considero que a tabela periódica seja o resumo elementar dos "tijolos do universo". Considero, além disso, que o ambiente como sentimos aqui na terra seja a forma mais propícia à evolução da vida. Ou seja, a matéria em outros estados que não sejam: sólido, líquido ou gasoso não deve servir para desenvolvimento de seres vivos. Assim, os estados intermediários de formação estelar como o plasma, não devem ser estáveis o bastante para gerar um ambiente sossegado que permita a evolução biológica. Nem um local com muito movimento de matéria, como planetas em formação teríam temperatura e estabilidade suficiente para formar um ecossistema.
A mecânica quântica explicando o interior dos átomos , a mecânica Newtoniana explicando os fenômenos cotidianos e a mecânica relativística demonstrando os fenômenos celestes, nos esclareceram um pouco do universo. Porém muitos paradoxos ainda intrigam os cientistas pelas divergências que apresentam quanto à continuidade das leis que regem o Universo.
Por exemplo, não se conseguiu ainda uma coerente explicação para relacionar as quatro forças do universo:
  • Força gravitacional. Observada como atração entre partes da matéria em geral.
  • Força de ligação molecular ou eletromagnética. Forma as ligações químicas.
  • Força atômica ou nuclear. Mantém o núcleo dos átomos coesos.
  • Ou a chamada "força fraca" existente nos núcleos dos átomos com influência nos elétrons e é quase uma "abstração" da física.
Mas nota-se que tais forças agem em conjunto e estão intimamente ligadas ao funcionamento do universo.
Estas evidências nos levam a crer que todo o Universo seja regido por leis uniformes que são aplicáveis em todas as partes.
  • Por que seria diferente aqui na terra?
  • Teríamos nós o privilégio de sermos os únicos a usar os elementos listados na tabela periódica de uma forma inteligente?
  • Estas leis funcionariam apenas aqui na Terra?
A resposta parece ser bastante óbvia: NÃO!

Cada estrela possui na sua periferia uma quantidade de matéria que colocada à uma determinada distância onde receba a quantidade adequada de calor desenvolve a vida numa profusão tão intensa como observamos aqui na terra? Talvez nem todas mas uma grande parte tem esta possibilidade.
Mais provavelmente, as leis de ligação atômica que regem a "montagem" do DNA dos seres vivos como conhecemos aqui na Terra, sejam regras gerais que se aplicariam a todo o Universo.

Pensando assim, que beleza! Muitos mundos habitados devem existir na nossa Galáxia e em TODAS as outras que o Telescópio Espacial Hubble (HST) nos mostra.
A questão seria, em que estágio está a vida nestes planetas?
Teriam eles condições de se comunicarem com a sua vizinhança?
Teriam eles atingido o grau de maturidade suficiente para desenvolver uma ou mais raças inteligentes?
Teriam eles passado pelo dilema do desenvolvimento sustentável? ou teriam sucumbido nas guerras provocadas pela disputa orientada pela seleção natural?

Outro fator que impede a comunicação entre inteligências é a distância que os sistemas (Solares) mantém entre si.
Para haver "sossego" entre os corpos celestes, ou seja, para que eles parem de colidir entre si e se destruirem parcial ou totalmente, tais corpos necessitam ficar a certas distâncias seguras. Fenômenos como o que destruiu parte da vida na terra e aparentemente acabou com o "reinado" dos dinossauros não devem ser freqüentes para que a vida tenha continuidade.
Felizmente a formação das galáxias parece ser realizada por uma expansão que distancia gradativamente os corpos celestes e evita que a gravidade provoque uma constante colisão mútua. O aumento dessas distâncias devido à esta expansão, no entanto, afasta cada vez mais os sistemas solares e assim causa o isolamento dos planetas que provavelmente desenvolvem vida inteligente.
Mas, parece que existe um clamor interno na curiosidade do ser humano que cada vez mais o atrai para a possibilidade de se encontrar com semelhantes fora do seu ambiente nativo.
A estrela mais próxima da Terra está a 4 anos luz. Isto é uma distância quase impossível de ser percorrida com os recursos que temos atualmente.
  • Seria o nosso desenvolvimento capaz de atingir níveis suficientes para possibilitar-nos transitar de uma galáxia a outra? Ou mesmo de um ponto a outro da nossa galáxia?
  • Algum povo em algum lugar do universo já conseguiu este nível?
  • Existe alguma outra forma de comunicação que não conhecemos, capaz de percorrer distâncias acima da velocidade da Luz, possibilitando a comunicação em tempo real? Ou estamos realmente limitados a esta velocidade máxima?
A comunicação com Marte, por exemplo, leva em torno de 20 minutos... Como seria ir até a estrela Alfa da constelação do Centauro em uma velocidade igual à metade da velocidade da luz?
Levaríamos 8 anos para ir e 8 anos para voltar.
Teríamos, entretanto que desenvolver uma tecnologia capar de gerar uma aceleração cuja a velocidade final fosse a requerida.


Continuo mais tarde...